Chamados à Comunhão Divina

No XXVII Domingo do tempo comum, a Liturgia da Palavra começa com o Senhor dizendo: “Não é bom que o homem esteja só”.
Isso nos leva a recordar a condição humana nesta terra e alguns aspectos da nossa constituição, pois somos seres sociais por natureza, criados dependentes de Deus e de outros homens. Portanto, faz parte da nossa natureza entrarmos em relação com Aquele que nos criou e com Suas criaturas.

É isto o que a Igreja reafirmou com o documento Congregavit nos in Unum, ensinando que a mais alta vocação do homem é entrar em comunhão com Deus e com os outros homens, seus irmãos. Também poderíamos acrescentar a ideia da comunhão com os Santos Anjos, que é a missão própria que temos na Igreja como Obra dos Santos Anjos.

Esta ideia de comunhão foi um dos principais pontos salientados pelo Concílio Vaticano II, a fim de promover na Igreja a correta noção do Corpo Místico de Cristo e da responsabilidade humana por toda a criação de Deus. Pois, tal como vimos na primeira leitura, ao criar os animais, Deus chamou Adão para que desse a todos os animais o seu nome.

No Evangelho de hoje, Jesus nos conduz a refletir sobre os desígnios de Deus e a submissão a eles, porque se Deus quer uma coisa, é porque ela é verdadeira e boa. Do contrário, ela é nociva e prejudicial. Deste modo, a Vida de Nosso Senhor deve ser a realidade com a qual nós, cristãos, tenhamos mais familiaridade, pois Ele é a nossa Sabedoria e a plenitude da revelação, por quem e para quem todas as coisas existem.

Ainda no sentido de comunhão, a unidade que devemos buscar abrange toda a criação, porque todas as coisas hão de ser recapituladas em Cristo e n’Ele santificadas, até que Deus seja tudo em todos. Neste mistério de Cristo, entra a nossa participação específica como membros da Igreja e responsáveis pela realização dos Seus desígnios salvíficos.

Para isso, a Obra dos Santos Anjos promove a verdadeira fé da Igreja, esclarecendo o conhecimento e o Amor de Deus. E, uma vez esclarecida a nossa vocação e missão, temos a obrigação moral de fazer tudo aquilo que está ao nosso alcance para a sua realização.

Os Santos Anjos nos são dados por Deus para servir aos mistérios de Cristo em nós, para nos conduzir em todos os nossos caminhos e para a realização da nossa existência, seja em um nível humano, na busca constante do bem e da verdade, ou em um nível sobrenatural, segundo a graça que nos é confiada. De muitas formas, os Santos Anjos tomam parte ativa em todas as boas obras humanas, para tirar delas um bem maior e, daí, tributar a Deus a devida honra e glória.

Neste vigésimo sétimo domingo do Tempo Comum, a Igreja nos chama a atenção a este significado de ser criatura a serviço do Seu Criador: “Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. Nosso Senhor Jesus Cristo veio ao mundo para nos libertar e salvar, revelando aquilo que nos é necessário para alcançarmos a vida eterna. E agora compete a cada um de nós a decisão de submeter-se a Deus ou não, de aceitar os Seus desígnios ou trilhar os caminhos da negação do bem e da verdade.

A receptividade e a dependência de uma criança são uma das melhores imagens para entendermos o que é pertencer a Deus e de tudo receber d’Ele, porque Ele é o Senhor de todas as coisas e que fez todas elas, conhecendo do que cada uma delas é feita, ou seja, a sua finalidade e realização.
Sejamos simples e humildes, deixando-nos guiar por Deus e prontos a suportar as fadigas desta vida terrena, sem perder tempo com discussões e futilidades. Para que, ao chegar a nossa hora, sejamos encontrados no âmago do Amor de Cristo Crucificado e Eucarístico, aptos à consumação definitiva do Amor e da Misericórdia Divina.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

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