“Mestre queremos que faça por nós o que vamos pedir”.

Com estas palavras, São Tiago e São João, dois discípulos do Coração de Nosso Senhor, aproximaram-se d’Ele de forma convicta e audaciosa, ansiando pela glória de segui-Lo. Ao escutar essas palavras, Nosso Senhor lhes pergunta: “O que quereis que Eu vos faça?”.

JESUS é o Divino Mestre que veio ao mundo como Pastor e Guia, para dar a Sua vida pela salvação do mundo, “para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Por isso, Nosso Senhor não rejeitou o desejo de Tiago e João de se sentarem à Sua direita e à Sua esquerda na glória celestial, pois DEUS quer que vivamos ansiando pelas coisas do alto, onde a nossa vida está “escondida” com CRISTO.

O que Nosso Senhor corrigiu foi a ignorância presente nesse desejo, a ambição terrena e a dissociação entre a glória e a cruz. Contudo, ao falar da necessidade dos sofrimentos para entrar na glória celestial, recebeu deles uma resposta pronta de adesão, a qual Ele confirmou, afirmando que ambos passariam por Sua Paixão por meio do derramamento de sangue.

Este diálogo de Nosso Senhor com os dois discípulos gerou revolta entre os outros dez, mas também se tornou ocasião para reafirmar o significado de ser cristão: seguir CRISTO, que veio ao mundo não para “ser servido, mas para servir e dar a Sua vida como resgate por muitos”. Assim, quem desejar a glória celestial deve estar disposto a servir a todos.

A missão de Nosso Senhor resplandece entre nós pela perfeita correspondência entre a Sua doutrina e a Sua realização, sendo Ele o exemplo máximo que devemos buscar a cada dia. Além disso, temos o exemplo luminoso dos santos, que viveram aspectos da vida de Nosso Senhor em nosso meio, testemunhando que a santidade é possível e exemplificando o significado desta vida terrena.

O sentido deste Evangelho está sintetizado na profecia de Isaías, que escutamos na primeira leitura. Este pequeno trecho do profeta deveríamos ler com calma e gravá-lo em nossa mente, pois revela que a cruz é a máxima dada por DEUS ao Seu Filho. E, como somos filhos no Filho, ou seja, batizados, estas palavras também se aplicam a nós.

DEUS quer o sofrimento em nossas vidas porque ele é causa de nossa salvação e da salvação de muitos outros. Por meio do sofrimento presente em nossas vidas, o Senhor deseja que atualizemos, como filhos de DEUS, o Seu sofrimento de cruz, a Sua Paixão redentora. JESUS CRISTO permite e quer que bebamos do Seu cálice e participemos de Sua obra salvífica. Mas, para isso, é necessário estarmos unidos a Ele em Sua cruz redentora, pois é nessa união que se manifesta a irradiação salvífica e eficaz.

A Igreja e seus membros devem participar de todos os mistérios do Filho de DEUS, porque somente assim se cumprirá plenamente a vontade divina, e tudo será recapitulado em CRISTO. Essa perspectiva subverte a lógica do mundo, pois a expiação por amor a DEUS é a ciência perfeita, o caminho pelo qual Ele faz justos inúmeros homens, tomando sobre Si as culpas do mundo.

Nessa constante assimilação da Vida do Senhor e de Sua vontade, encontraremos a verdadeira alegria nesta terra, pois aquilo que nos fará felizes é o que Ele nos comunica: a Sua vida, a Sua paz e os Seus mistérios.

Apresentemos a DEUS as nossas intenções, deixando que CRISTO nos interpele e nos forme, pois Ele é o Nosso Senhor e Redentor, o Sumo Sacerdote, capaz de se compadecer de nossas fraquezas. Ele fez-se homem para nossa salvação, a fim de que nos aproximemos, com confiança, do trono da graça e encontremos o auxílio necessário em Sua misericórdia.

Venha sobre nós, ó Senhor, a vossa graça, pois em Vós colocamos a nossa esperança!

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