Ó meu dulcíssimo JESUS, ensinai-me do alto de vosso trono glorioso – da vossa cruz – a mim, tão orgulhoso, a humildade.
Ensinai-me, Vós, a quem em cuja sede foram oferecidos vinagre e fel, a temperança, pois não sei ser moderado.
Ensinai-me, Cordeiro puríssimo, por Vossas chagas abertas e por Vossa carne dilacerada, a castidade; e, por Vossa forçada nudez, ensinai-me o santo pudor.
Ensinai-me, Leão da Tribo de Judá, a fortaleza! Vós que colocando a mão no arado da cruz não olhastes para atrás, ensinai-me a perseverança na dor e na escuridão.
Vós, que sofrestes de maneira exemplar, ensinai-me a paciência, manso Cordeiro!
Ó Justiça de DEUS, ensinai-me a justiça: sempre me orbito em um sistema fechado – abri-me aos outros – ao bem do outro, ao bem de DEUS. Ensinai-me a girar em torno de Vós, ó Sol da Justiça!
Ensinai-me a sair de mim e buscar o que convém a DEUS e ao próximo. Sim, ensinai-me, justo Juiz, que oferecestes a DEUS infinita satisfação por nossos crimes por meio de Vossa obediência. Ensinai-me, pois não poucas vezes roubo a glória de DEUS e a fama do meu próximo movido por vaidades.
Ensinai-me também a religião. Só Vós sois o religioso perfeito – bem sei, ó DEUS-Homem -, mas na medida da minha fraqueza e do Espírito de Piedade que tendes em plenitude, ensinai-me a dar ao nosso PAI o que LHE é devido em união com Vossos méritos gloriosos.
Ó Vós, chamado de Sabedoria de DEUS, ensinai-me a não seguir a prudência diabólica da carne, mas a Vossa sabedoria. Por isso, dai-me olhos luminosos para ver o PAI escondido de modo que eu realize todos esses atos virtuosos – que Vós me ensinareis – somente diante DELE. Dai-me ouvidos aguçados para escutar Vossa Palavra para que possa construir a casa de minha vida sobre a rocha de Vossa Palavra e, assim, possa permanecer enquanto o mundo passa.
Dai-me o coração de Vossa Mãe, para que possa entesourar-Vos em mim como meu Bem mais precioso e como minha Virtude.
Senhor, se eu não puder aprender tantas virtudes, ensinai-me ao menos a mansidão e a humildade, pois dissestes: “aprendei de mim, pois sou humilde e manso de coração” (Mt 11,29).