CRISTO no céu é o alimento dos Anjos. Estes espíritos “se alimentam” dele quando O contemplam, cheios de admiração e amor. Não há quem contemple o Senhor e não fique fortificado, “abastecido” e entusiasmado. Lembremo-nos dos discípulos de Emaús, que estavam abatidos, sem esperança e ânimo. Mas ao ver JESUS e falar com Ele, principalmente ao partir o Pão, tudo mudou. Foi esse o alimento de que precisavam e que os reergueu. Como Pão vivo descido do céu, o Senhor também alimenta a nossa alma, aumentando nela a vida Divina.
Quando o nosso corpo não pode comer, ficamos fracos, perdemos peso e forças, e aos poucos podemos ficar doentes e desequilibrados. Até nos aproximamos da morte. Da mesma forma, nossa alma precisa de um alimento. Ela não pode subsistir, mas precisa de uma fonte de alimentação fora de si. Ela é imortal e não pode morrer como o nosso corpo. Desde o nosso Batismo, ela está repleta de vida Divina, mas essa vida podemos perder. E de fato, há quem nos inveje por causa disso e queira tirar-nos este tesouro do coração. Está constantemente tentando, fazendo-nos sofrer, preparando-nos ciladas e seduções, e nos oferecendo muitas coisas:
‘Tudo isso te darei, se te prostrares e me adorares” (Mt 4,9)
Isso quer dizer: se fizeres o que eu quero. Mas o Senhor, em Sua grande bondade, nos oferece aquele alimento que intensifica sempre de novo esta vida Divina dentro de nós e nos enraíza cada vez mais profundamente na intimidade do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. Assim, Ele quer revigorar as nossas forças.
Nós temos acesso tão fácil ao Pão do Céu. É pouco provável que CRISTO ressuscitado vá aparecer-nos como aos discípulos de Emaús, e nem é necessário, pois já sabemos onde encontrar o Senhor: na Igreja. E é ela quem nos dá o Pão do Céu, o Pão que nos sustenta em todas as misérias e fraquezas.
“Vinde a Mim, todos vós que estais cansados e fatigados, e Eu vos aliviarei” (Mt 11, 28)
Hoje em dia, podemos desfrutar de diversos tipos de culinária, inclusive de outros países. Existem restaurantes japoneses, chineses, libaneses, italianos, árabes, entre outros. Portanto, se desejarmos comer comida chinesa, não precisamos ir até a China, mas podemos ir a um desses restaurantes. Da mesma forma, podemos dizer que se desejarmos o alimento celestial, o Pão do Céu, não precisamos morrer ou subir ao céu, mas apenas ir à Igreja, pois ela tem o poder e a responsabilidade de nos fornecer, aqui na terra, o Pão celestial.
Depende de nós querer e aceitar esse alimento. Cabe a nós dar esses poucos passos até a próxima igreja, para podermos comer o Pão dos Anjos e saciar nossa alma com Jesus. Vamos a partir de hoje muitas e muitas vezes ao encontro de Jesus. Nutrindo-nos Dele, seja ao comê-Lo (na sagrada Comunhão), seja ao olhar para Ele na adoração, mas, em todos os casos, sempre admirando-O e amando-O com reverência e alegria no coração, juntamente com os Anjos e como os Anjos.