Na nossa vida do dia a dia, continuamente aparecem exigências e dificuldades que nos podem causar perturbações. As preocupações nos deixam agitados, e, no meio duma luta, precisamos dum apoio que dá descanso e paz interior. Por exemplo, um país que está em guerra civil facilmente será derrubado quando atacaria, ao mesmo tempo, um outro inimigo de fora.
Quando alguém está em guerra contra um inimigo, precisa do equilíbrio interior. E quando falta a paz interior, é preciso buscar o apoio duma outra pessoa, ou buscar um ambiente exterior tranquilo, como por exemplo, o silêncio da natureza, que pode ajudar para recuperar-se, mas não pode haver uma desordem total, isto seria fatal.
Vivendo as nossas relações humanas, resultam frequentemente feridas pelo descuido ou trato superficial de uns com os outros. É também consequência do pecado original, que não compreendemos plenamente ao outro, e facilmente machucamos, embora que geralmente seja sem querer. O outro, muitas vezes, capta nossas palavras ou gestos com um sentido diferente e, daí, sucedem os mal-entendidos.
Levamos normalmente uma série de feridas que precisam ser curadas pelo perdão e reconciliação. O que nos pode ajudar a curar é o sacramento da reconciliação, que o Papa João Paulo II chamou “o sacramento da paz”. A paz não é somente ausência da guerra, mas é antes uma consciência tranquila cheia de esperança, ou, como a define Santo Agostinho, a “tranquilidade na ordem”. O mundo pode oferecer um “calmante” que tranquiliza a má consciência, mas não restabelece a ordem.
Ao contrário, se DEUS nos perdoou e nos santificou, também nos capacita para formar uma comunidade de paz. É preciso conquistar a paz, para que esteja enraizada no nosso ser, a fim de que possamos olhar para mais longe; não somente ver as dificuldades ou a crueldade do sofrimento, mas descobrir a beleza do amor e os frutos que brotam no meio das tribulações.