As perseguições por causa do Reino de Deus

As tribulações chegarão porque “o servo não é maior que seu Senhor. Se eles Me perseguiram, também vos perseguirão” (Jo 15,20). JESUS foi perseguido desde a Sua infância, primeiro por Herodes, e levado ao exílio para Egito; começando Sua missão pública, provocou o desgosto entre a povoação da Sua pátria e logo O queriam matar. Enfim, foi traído pelo Seu próprio discípulo e morto pelo Seu povo. JESUS é o protótipo do mártir, e Ele sabia que não seria fácil para Seus discípulos: “Eis que Eu vos envio como ovelhas entre lobos. Por isso, sede prudentes como as serpentes e sem malícia como as pombas. Guardai-vos dos homens….” (cfr. Mt 10,16-33; cfr. Lc 21,12-19).

Mas, por outro lado, JESUS promete a recompensa: “Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de Mim. Alegrai-vos e regozijai-vos porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5, 11 s). Porque: “todo aquele, portanto, que se declarar por Mim diante dos homens, também Eu me declararei por ele diante de Meu PAI que está nos Céus” (Mt 10,32).

Do sofrimento dos mártires aproveitam todos, o sangue deles é semente de novos cristãos porque o amor é fecundo, e “não há maior amor que o daquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (Jo 15,12-13). O martírio cristão, em primeiro lugar, é a prova suprema dum amor a DEUS; não é obra humana, sempre é graça de DEUS, como escreve São Paulo: “Pois vos foi concedida, em relação a CRISTO, a graça não só de crerdes n ‘Ele, mas também de por Ele sofrerdes'” (Fil 1,29).

A resistência na fé, até a entrega da própria vida, representa uma forma de serviço ao próximo e para o bem comum, porque dirige o olhar dos homens para a última verdade. É um testemunho dos direitos do Ser Absoluto de DEUS, e portanto, uma resposta adequada contra o relativismo.

Jesus sabia que não seria fácil para Seus discípulos, mas Ele nos prometeu uma grande recompensa: “Felizes sois vós…”

O seguinte fato nos mostra muito claro o valor e a força de um testemunho cristão. Aconteceu após a Segunda Guerra Mundial, na Roménia comunista:

Um pai de família, que confessava publicamente a fé, foi assaltado na rua pelos comunistas. Eles o levaram e colocaram-na prisão. Pouco tempo depois aconteceu o mesmo com a sua esposa: ficou presa por causa da fé, e assim o filho Miguel, com apenas nove anos, ficou sozinho em casa: sofrendo muito e lutando duramente para sobreviver. Por causa desta situação ele ficou magoado e perdeu a fé em JESUS. Após dois anos, foi-lhe permitido fazer uma breve visita à mãe na prisão.

Entrou na prisão e pode ver sua mãe atrás das grades, acompanhada e vigiada por policiais, que antes da visita tinham-na severamente proibido de falar sobre a religião. Miguel a reconheceu, apesar dos maus tratos que havia recebido na prisão.

As primeiras palavras que a mãe disse ao filho foram: “Miguel, acredite em JESUS!” Furiosos, os soldados logo a tiraram da sala entre maus tratos, ainda mesmo, antes de Miguel poder dizer uma palavra. Mas ele nunca mais esqueceu daquilo que sua mãe tinha dito e voltou a acreditar em JESUS.

No entanto, o cristão não busca o martírio para exaltar-se, como o fazem certos fanáticos, e menos ainda a prejuízo de outras pessoas. O mártir cristão é o oposto dum atentado suicida, de quem mata por ódio e leva inocentes à morte. O martírio cristão, como caso extremo do amor, entregando a vida como sacrifício para a glória de DEUS, se justifica por causa dum bem maior. O mártir não despreza a sua vida e seus valores. Por isso JESUS adverte: “Sede prudentes…” (Mt 10,16). Seria imprudente, por causa da fraqueza humana, colocar-se levianamente numa situação perigosa, ou de buscar atrevidamente o martírio. Uma pessoa sã, normalmente sente medo das ameaças. Faz parte da prudência calcular sobriamente as forças e considerar as consequências, perguntando-se: será que isto vale a pena, vai produzir frutos mesmo?

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