As leituras do XIX domingo do Tempo Comum são continuação do tema do domingo passado e enfatizam a Santíssima Eucaristia, apresentando-a como o próprio CRISTO que nos é dado por DEUS para que tenhamos vida eterna.
A Presença Real e Verdadeira de Nosso Senhor na Santíssima Eucaristia, desde os seus primeiros anúncios até hoje, é a grande pedra de tropeço e de divisão, porque ela é o ponto central da nossa fé cristã. Diante dela, nós nos prostramos ou recusamos o próprio Senhor, que é o Autor da nossa fé.
Durante a consagração da Eucaristia no altar, acontece o grande milagre da transubstanciação: a substância do pão e do vinho é transformada em JESUS, mas a aparência daquilo que vemos continua a ser pão e vinho. No entanto, ali não há mais pão e vinho, e sim JESUS.
No Evangelho, vimos os judeus murmurando e questionando as palavras de CRISTO: “Eu sou o pão que desceu do Céu.” Em seguida, Nosso Senhor lhes dirigiu uma forte palavra: “Ninguém pode vir a mim se o PAI não o atrair.” Diante da Presença Eucarística de JESUS, devemos bater no peito e louvar a DEUS, porque não somos dignos deste banquete celestial, e se temos fé, não é por mérito, mas por privilégio especial da graça divina.
Felizes são aqueles que têm fé e que não encontram dificuldades em crer na Presença de CRISTO Eucarístico. Para todos nós que recebemos este privilégio, compete-nos louvar a DEUS sem cessar e pedir que Ele aumente a nossa fé e o nosso amor, para que possamos corresponder ao maior tesouro da fé e do amor, que é o próprio CRISTO Sacramentado.
No entanto, aqueles que ainda questionam tal realidade devem se prostrar humildemente diante de DEUS e pedir ardentemente a graça da fé e perdão por seus pecados, uma vez que os seus maiores obstáculos têm origem em faltas pessoais, tornando o homem insensível e incapaz de desenvolver uma vida eucarística.
A Eucaristia é o alimento da Presença Divina, que nos forma para a comunhão com DEUS, deificando-nos para a eternidade, uma vez que ela é o próprio Senhor.
Aqueles que recebem esse alimento com as devidas disposições, após terem se purificado pela confissão dos pecados, pela reconciliação com o próximo e pela participação na Santa Missa, alcançam a vida eterna, pois a Eucaristia é o penhor do Reino dos Céus; ela é a garantia da nossa salvação eterna.
Todos aqueles que se esforçam por esse alimento, esforçam-se por DEUS e pelo Reino dos Céus, iniciando sua eternidade nesta terra, tendo em vista que este pão é dado por DEUS para que não morra quem dele comer e tenha vida, vida em abundância e vida eterna.
Na primeira leitura (1Rs 19,4-8), pudemos escutar um dos efeitos deste alimento por meio da prefiguração ocorrida com Elias.
Este mundo nos gera uma exaustão e nos leva à morte. Mas, DEUS nos envia os Santos Anjos para nos conduzir ao alimento da vida do mundo. O Anjo disse a Elias: “Levanta-te e come”, ou seja, desvincule-se da morte e se aproxime do alimento que DEUS vos preparou. Isto se repetiu mais uma vez, e o Anjo acrescentou: “Ainda tens um longo caminho a percorrer.” Então, Elias comeu e bebeu, seguindo o seu percurso no deserto, fortalecido pelo alimento divino até o monte do Senhor.
Constantemente, os Santos Anjos fazem ressoar em nossos ouvidos a Palavra de DEUS, tais como estas: “Levanta-te e come”, porque “quem comer deste pão viverá eternamente.” Do contrário, quem não comer deste pão está a perder esta vida e a eterna.
Provavelmente, muitos de nós ainda terão um longo caminho a percorrer nesta vida. E é para a jornada desta vida que Nosso Senhor institui a Eucaristia como alimento, a fim de passarmos pelo deserto e subirmos o monte do Senhor, para encontrarmos a vida eterna com DEUS.
Que essas leituras possam gerar reflexões e dar ensejo a convicções mais firmes sobre o que é mais importante em nossas vidas e o que devemos buscar a cada dia. Isso tudo a fim de não contristarmos o Espírito Santo de DEUS, porque DEUS chama a muitos, mas poucos são os escolhidos, isto é, poucos são os que correspondem e perseveram no dom da graça.
Que Maria Santíssima e os Santos Anjos nos ajudem a descobrir os tesouros do Céu e a lutar cada dia para conquistá-los.