JESUS é o Senhor que está no meio de nós e em nós. Ele está constantemente conosco, acompanhando-nos em todos os nossos caminhos e atividades, partilhando tudo aquilo que o PAI nos confia.
A Liturgia do XXIV domingo do tempo comum nos leva a indagar a identidade de ser cristão, ou seja, de ser alter Christus. Nosso Senhor nos indaga: “Quem dizem os homens que Eu sou?”.
A resposta a esta pergunta revela se nós compreendemos o que é ser cristão, porque ser cristão é ser de CRISTO, é ser com CRISTO e como CRISTO, numa perfeita unidade com o PAI e o ESPÍRITO SANTO.
A nossa vida deve se assemelhar à revelação divina, isto é, ao rosto divino que nos foi revelado. Nós devemos irradiar a face de Nosso Senhor em todos os momentos de nossas vidas, refletindo os aspectos de Sua vida, a tal ponto que outros reconheçam: “Ele é cristão”.
No Evangelho, vemos São Pedro professando a fé da Igreja: JESUS é o Messias, Ele é o nosso Senhor e Salvador. No entanto, CRISTO logo o repreende, porque lhe falta a noção do desígnio misterioso da Santa Cruz. Assim, começa a ensiná-los que o Filho do Homem haveria de sofrer muito e ser rejeitado, morto e ressuscitar após três dias.
São Pedro reage ao ensino do Senhor, demonstrando sua incompreensão e até mesmo sua parte com o demônio. Tanto que o Senhor expulsa Satanás e diz abertamente sobre a necessidade da Cruz: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e Me siga”.
Caros irmãos e irmãs, devemos ler e meditar com grande atenção este Evangelho, pois, se queremos salvar a nossa vida, devemos entregá-la a CRISTO com toda a disposição de corpo e alma, dando a DEUS a primazia e a plenitude dos nossos dias. CRISTO nos promete a salvação, mas declara a condição: a perdição terrena. Para a compreensão do que é essa perdição terrena, nos ajuda a profecia de Isaías, que escutamos na primeira leitura: oferecer as costas para ser batidas, a face para ter a barba arrancada, sem desviar o rosto de bofetões e cusparadas. Isso tudo por causa de CRISTO e do Evangelho.
Cada vez que somos atingidos por adversidades, sejam elas quais forem, devemos unir-nos a CRISTO na Cruz, atualizando e renovando as nossas promessas batismais e todos os compromissos que assumimos com o Senhor, porque, neste momento, se opera a nossa salvação. Contudo, devemos perder aquilo que é terreno, humano e demoníaco, pois não é possível ter parte com CRISTO e com aquilo que contradiz o Senhor.
Somente numa vida radicada em CRISTO e vivida até as últimas consequências em graça e fidelidade é que encontraremos a salvação. Daí poderemos dizer: “Quem é meu adversário? Aproxime-se”. Pois não temeremos o mal, porque “o Senhor DEUS é o nosso auxiliador, quem é que nos vai condenar?”.
Não podemos perder o ânimo nem deixar o nosso rosto se abater, porque “não seremos humilhados, ao nosso lado está quem nos justifica” e Ele “escuta o grito da nossa oração”, inclinando o seu ouvido à nossa invocação.
Para isso, devemos traduzir o Evangelho e a vida de CRISTO em obras concretas, tal como nos ensina a segunda leitura: “De que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática?”. O cristão vive de CRISTO e como CRISTO, alimentando-se de Seus ensinamentos e de Suas instituições, para traduzir em obras, no tempo e no espaço, a vida do Senhor.
Então, devemos ser uma humanidade de acréscimo por meio da qual Nosso Senhor vive e age. Isto significa o constante louvor a DEUS, pois viveremos segundo o triunfo de CRISTO, naquela ciência da Cruz que venceu o mundo e triunfou sobre o demônio.
Que a nossa glória seja CRISTO e CRISTO crucificado.
Peçamos à Virgem das Dores a Exaltação da Santa Cruz, a fim de que os frutos dos nossos sofrimentos não sejam perdidos e se tornem salvíficos em nossas vidas e nas vidas de todos aqueles que DEUS nos confia.
Louvado seja Nosso Senhor JESUS CRISTO!