Os mártires receberam uma graça de DEUS, ficaram tranquilos, os Anjos lhes assistiram e ajudaram frequentemente, como podemos ler em certos documentos históricos. As ‘Atas dos mártires” informam sobre a consoladora presença dos Anjos e o consequente fortalecimento no martírio dos Santos e testemunhas da fé dos primeiros tempos do cristianismo. Aí se encontra a convicção religiosa, de que os Anjos, em especial o Anjo da Guarda, acompanham de perto aos fiéis em todos os perigos e dificuldades, muito particularmente na hora da morte. Aqui alguns exemplos:
Nas atas dos Santos mártires Trifon, Respício e Ninfa, torturados em sua juventude, na Frígia (Ásia Menor), sob o imperador Décio, acerca do ano 250, menciona-se:
Os verdugos se aproximaram e executaram a ordem do prefeito. Quando colocaram o fogo sobre eles, um Anjo de Deus parou ao lado dos mártires, mantendo nas mãos umas coroas enfeitadas com jóias e flores. Em sua agonia as colocou sobre suas cabeças e conduziu assim estes heróis da fé a sua última consumação.
No Martirológio Romano, em 19 de janeiro menciona que o santo mártir Ponciano quando teve que passar descalço sobre carvões ardentes permaneceu ileso. Depois de que o juiz ordenasse torturá-lo assim, mandou pendurá-lo num gancho de ferro, encerrando-o numa masmorra. Aqui, os Anjos lhe apareceram e o fortaleceram com o alimento celestial. Nem sempre houveram tais intervenções milagrosas, mas não deveríamos duvidar -” na missão consoladora dos Anjos. Duma maneira sobre-humana, os cristãos perseguidos viveram o seu amor a CRISTO tomando a sério as Suas palavras: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inim\gos e orai pelos que vos perseguem, desse modo vos tornareis filhos do vosso PAI que está nos céus…” (Mt 5,44). Assim: ,os mart1res perdoavam na hora da morte aos seus verdugos. Na oração de Santo Estevão: Senhor não lhes tomas em conta este pecado (At 7,60) ecoa o pedido de JESUS no Gólgota: PAI perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem (Lc 23,34).
