Aprendendo com os Anjos: reverência e oração

Uma das primeiras lições que os Anjos nos ensinam é a reverência diante de Deus Altíssimo, com santo Temor ao Senhor. Nossa reverência se manifesta tanto exteriormente quanto interiormente em nossa maneira de rezar. O ser humano é corpo e alma. Nossa postura, especialmente diante do Santíssimo Sacramento ou na Santa Missa e na Santa Comunhão, é uma expressão de nossa atitude interior em relação a Deus e de nossa fé em Sua presença real na Santíssima Eucaristia. Mas, mais importante ainda, nossa atenção interior durante a oração, estando cientes da presença de Deus e falando com Ele de coração, está na essência de uma oração que brota da fé viva.

Se amamos a Deus, então também amaremos falar com Ele, e falaremos de boa vontade. Se temos reverência diante de Deus, então nossa oração também deve ser reverente. Se rezamos, então devemos também pensar no que dizemos com nossos lábios…

Deus Santo deve sempre permanecer diante de nossos olhos como Aquele que é amado com anseio, contemplado com reverência e adorado com profunda reverência. Nisso, o Santo Anjo é um modelo para nós. Quanto a majestade e santidade de Deus se reflete na reverência dos Santos Anjos!… Abramo-nos completamente para a ação dos Santos Anjos como mediadores entre a santidade de Deus e o desejo de perfeição do ser humano na atitude fundamental de estar diante de Deus e de agir diante de Deus! Como o Santo Anjo, devemos nos colocar diante de Deus em adoração e deixar que Deus Santo irradie de nosso coração como uma luz; sejamos um modelo do Temor do Senhor perante um mundo sem fé.” (Cartas da Confraternidade)

Assim, nossa oração, quando surge da fé viva, é uma testemunha silenciosa perante o mundo da existência de Deus. A oração deve brotar da fé e, então, também fortalecerá nossa fé. Os Santos Anjos desejam nos conduzir a uma maior interioridade e recolhimento na oração. Nosso contato vivo com Deus e os Anjos é sempre através da porta da oração. O Catecismo da Igreja Católica oferece uma bela exposição dos caminhos da oração cristã, que vale a pena ler na íntegra, talvez como uma resolução para a Quaresma (CIC 2558 – 2865). Ele destaca que nos Evangelhos, Jesus mesmo nos ensina a rezar com a oração filial da Nova Aliança, que envolve não apenas a fé, mas também a conversão do coração.

A partir do Sermão da Montanha em diante, Jesus insiste na conversão do coração: reconciliação com o irmão antes de apresentar uma oferta no altar, amor aos inimigos e oração pelos perseguidores, oração ao Pai em segredo, evitando palavras vazias, perdão em oração vindo do fundo do coração, pureza de coração e busca do Reino antes de tudo o mais (cf. Mt 5 e 6)…

Uma vez comprometido com a conversão, o coração aprende a rezar na fé. A fé é uma adesão filial a Deus para além do que sentimos e entendemos. Isso é possível porque o Filho amado nos dá acesso ao Pai. Ele pode nos pedir para ‘buscar’ e ‘bater à porta’, pois Ele mesmo é a porta e o caminho (cf. Mt 7:7). (CIC 2608-2609)

Tradução  do artigo “Joining Forces with the Angels”
de nossa página da Obra nos Estados Unidos.

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