Certa manhã correu a notícia por todo o povoado: “Gustavo desapareceu.” Como última solução, começou a rezar ao Anjo da Guarda. Rezou e gritou o dia inteiro, até não ter mais forças para gritar. Passou a segunda noite naquela cripta.
Pelo meio-dia do dia seguinte, alguém abriu a porta da cripta. Gustavo logo pensou: “Graças a DEUS! É a salvação que está chegando!” Entrou uma mulher com uma vassoura na mão, pois queria fazer uma limpeza na cripta. Mas quando viu o rapaz, levou um tamanho susto que logo fechou a porta e fugiu correndo. Pensava que se tratava de uma alma do outro mundo.
Houve uma longa demora. Enfim, Gustavo escutou passos. Chegaram alguns homens robustos com o professor da aldeia e sua filha. Ao ver o rapaz, o professor disse: “Que sorte, meu caro! Como você entrou aqui? Olha, somente uma vez por ano mando varrer e limpar a cripta. E hoje de manhã, veio-me com a ideia de limpá-la. E como este pensamento persistia, mandei minha filha fazer o serviço”.
Então, Gustavo, entre lágrimas e meio morto, contou a sua história e que o dia inteiro pediu ao seu Anjo da Guarda que o livrasse daquela prisão. E terminou dizendo: “Acho que foi ele mesmo que lhe deu a ideia de limpar a cripta justamente hoje”.