SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
No último domingo do Ano Litúrgico, a Igreja comemora a solenidade de Nosso Senhor JESUS CRISTO Rei do Universo. Esta celebração é o vértice de todos os mistérios celebrados ao longo do ano, porque proclama a quem pertence o poder, a glória e a realeza. Pois, Ele é “o Alfa e o Ômega, aquele que é, que era e que vem, o Todo-Poderoso”.
As leituras desta liturgia revelam a majestade e o poder Divino de CRISTO, indicando como devemos compreender Sua realeza. Neste sentido, o discurso de JESUS e Pilatos é muito esclarecedor, porque corrigiu a falsa concepção de um rei político ou de um rei político-espiritual, uma vez que o Reino de CRISTO não é deste mundo.
Nosso Senhor afirmou, “o meu reino não é deste mundo … eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade”. Então, antes de vir ao mundo CRISTO já existia e já era Rei. Por isso, Sua Realeza é de uma ordem diversa daquela conhecida neste mundo. Para exemplificar, Ele disse: “se o Meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus”.
JESUS veio ao mundo para cumprir uma missão e testemunhar a verdade que conheceu quando estava junto do PAI desde toda a eternidade. A missão que o PAI lhe confiou foi operada por Nosso Senhor até a obediência no madeiro da Cruz, quando conquistou “povos, nações e línguas”, manifestando como DEUS ama o mundo.
A condição humana de CRISTO fazia parte dos desígnios do PAI, para que Ele fosse o Nosso Mediador e capaz de se compadecer de nossas fraquezas. E assim, libertar-nos da escravidão do poder das trevas. Para isso, valeu-se da verdade, pois “todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”, uma vez que o Seu testemunho é verdadeiro e libertador, “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Essa verdade foi proclamada como manifestação dos desígnios divinos e dos Seus mistérios salvíficos, tornando-se um apelo para aqueles que compreenderam a justiça Divina. Daí, São Paulo disse: “ai de mim se eu não evangelizar”. Aquilo que recebemos gratuitamente, também devemos dar gratuitamente, difundindo o bem sobre a terra, por meio da pregação da boa nova.
Desta forma, todos aqueles que possuem uma sinceridade intelectual e buscam a verdade, mais cedo ou mais tarde, irão ser atraídos pelo testemunho do Senhor. Pois, Sua vida confirma Suas palavras e Suas palavras explicam Sua Vida, revelando a sublimidade de sua mensagem, em fazer “de nós, um reino, sacerdotes para seu DEUS e PAI”.
Tal como CRISTO veio do PAI, assim Ele voltou. Isto é o que nos ensina a profecia de Daniel, “entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem”. Neste retorno, Nosso Senhor levou consigo Sua humanidade Ressuscitada, como primícia daqueles que irão ressuscitar consigo. Ao vir ao mundo, Ele se fez o primogênito dos homens, adquirindo-nos em virtude do Seu Sangue, “a fim de que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Nosso Senhor virá uma segunda vez ao mundo e não mais na fraqueza humana, mas no esplendor do Todo-Poderoso, para dar fim a Economia da Salvação e exercer o juízo universal. Todos aqueles que creditaram fé em Seu nome alcançarão a misericórdia e farão parte do Seu Reino eterno. Mas, aqueles que o negaram e o impediram de reinar, irão ser jogados no vale da morte, onde impera as trevas numa ausência de bem.
Até isso acontecer, compete a cada um de nós, que somos feitos outros Cristos em virtude do Batismo, sermos o Reino estável no qual o Senhor Impera e Reina. Somente permanecendo fiéis a Sua Revelação e Instituições é que estaremos no caminho, na verdade e na vida. E, por isso, sob o Seu domínio, como Reinos de DEUS nesta terra.
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A Igreja proclama solenemente a grandeza divina e o amor de DEUS para com toda a criação, para que tomemos consciência do dom da graça que nos alcançou CRISTO e da responsabilidade que possuímos perante o Senhor e toda a criação. Isto porque, somos feitos causa de salvação uns dos outros e mediadores de uma nova eterna aliança. DEUS conta com a nossa resposta para efetivar o seu Reinado em nós e por meio de nós no mundo.
Portanto, abramos o nosso coração e o apresentemos a DEUS, para que Ele faça de nós o que lhe aprouver e assim o sirvamos em graça e santidade.
Vem, Senhor JESUS!