O julgamento final se baseará no amor com que realizamos nossas ações

Sobre o tema do amor, encontramos referências na Bíblia, especialmente nos textos de São Paulo (1 Coríntios 13) e de São João (João 13,31-15,17; 1 João 4,11-22).

São João, ao contemplar profundamente o mistério de um Deus em três Pessoas e o gesto de Deus vindo ao nosso encontro por meio do amor com que o Pai ama o Filho (cf. João 17,23), nos convida à reflexão.

A morte de Jesus nos convenceu do amor de Deus, um amor tão profundo que permanece conosco na Eucaristia. Ali, vislumbramos algo ainda mais desafiador:
Deus não apenas é Amor,
mas também deseja que participemos desse amor,
sentindo-nos amados e sendo capazes de amar com o Seu amor.

Ele infundiu em nós o Seu Amor pelo Espírito Santo, derramado em nossos corações (cf. Romanos 5,5), e nos sentimos totalmente envolvidos pelo amor de Deus.

Para nós, cristãos, a meta é clara: conhecer e amar a Deus. Somente assim a pessoa encontra a verdadeira felicidade. Deveríamos questionar-nos se, com todas as modernas técnicas e educação, conseguimos vivenciar o amor de Deus de maneira profunda. A encarnação do Filho revelou que Deus é Amor, uma compreensão que vai além das revelações do Antigo Testamento. Notou-se que Deus não só está presente, mas Ele é “Aquele que ama”. Nisso reside a Sua essência.

Ao contemplar o mistério da Santíssima Trindade, a revelação de três Pessoas em um único Deus, percebemos que, em Deus, pessoa significa uma relação de amor: uma pessoa está totalmente ligada à outra e existe para a outra. A compreensão de que Deus é Amor só é possível por meio da revelação da Sua Trindade, pois seria difícil conceber que uma pessoa isolada possa ser amor. O amor é inerentemente doação.

São João não viu diretamente Deus na Trindade das Pessoas, mas através da Sua ação que se dirige ao homem. Ele descobriu o imenso amor de Deus por nós. Deus nos ama com um amor infinito, porque Ele nos ama com o mesmo amor com que ama o Filho.

Se a educação e as técnicas modernas
não conduzem a um amor mais profundo e consciente,
é uma questão a ser seriamente considerada.

Todas as obras e excelências humanas, por mais grandiosas que sejam, se não forem realizadas com amor, ficam vazias e insignificantes. Porém, nada do que é feito por amor fica sem a recompensa desse mesmo Amor. O julgamento final se baseará no amor com que realizamos nossas ações. Somente aqueles que aprenderam a amar poderão entrar no céu, onde não há espaço para ressentimento, ódio ou quaisquer reservas em relação aos outros. Essas emoções devem ser deixadas para trás antes de atravessar os umbrais da eternidade, pois o céu é uma celebração de acolhimento e afeto, livre de mágoas passadas e desejos de vingança.

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