Quero ver a Deus – Beato Maria-Eugênio do Menino Jesus (Ed. Vozes)

Resenha

A Sagrada Liturgia, ao celebrar anualmente a memória de uma de suas mais ilustres filhas, Teresa de Jesus, oferece à piedade dos fiéis o seguinte ensinamento, consignado na oração própria do dia: “Ó Deus, que pelo Espírito Santo fizestes surgir Santa Teresa para recordar à Igreja o caminho da perfeição, dai-nos encontrar sempre alimento em sua doutrina e sentir em nós o desejo da verdadeira santidade.” Os ensinamentos da reformadora do Carmelo são incontornáveis a quem deseja conhecer e se aprofundar nos tópicos da espiritualidade cristã. No entanto, há quem se sinta desconcertado frente ao vasto corpus teresianum. Fato é que Teresa não possuía habilidades acadêmicas, pois não era estritamente teóloga, nem pretendia sê-lo. Porém, a sua pena, embora espontânea, descritiva, era totalmente guiada pelo Espírito Santo… Por isso, a Igreja convida-nos a tomar parte do banquete sapiencial desta Doutora da vida interior.

O livro que ora apresentamos, escrito por um autêntico filho do Carmelo, presta-se admiravelmente à orientação e assimilação da doutrina de Santa Teresa de Jesus. Quero ver a Deus nasceu em resposta à sede de leigos que ansiavam poder viver a espiritualidade do Carmelo fora dele. Frei Maria-Eugênio, já então notável por seu zelo apostólico e desenvoltura nos assuntos que tocavam à espiritualidade carmelitana, aceitou o desafio: apoiando-se sobre o itinerário espiritual das sete moradas do castelo interior, ele soube não apenas dar corpo à unidade e organicidade dos escritos de Teresa, mas também estabeleceu um fecundo diálogo entre as descrições desta com o rigor da argumentação teológica de Santo Tomás, e não menos com o de São João da Cruz e de sua fiel discípula, Santa Teresinha do Menino Jesus. Não demorou muito para que Quero ver a Deus se inserisse entre grandes clássicos da literatura ascético-mística. Nela, vislumbramos a doutrina carmelitana em todo o seu vigor e atualidade. Possa a leitura desta obra saciar o anseio dos fiéis que, com a Igreja, espera poder “encontrar sempre alimento em sua doutrina e sentir o desejo da verdadeira santidade.”

 

Trecho da Obra

“Atendo-nos unicamente ao exame objetivo do Castelo Interior, não vemos como, sem um particular auxílio sobrenatural, Santa Teresa poderia ter escrito em tão pouco tempo, a partir de um primeiro esboço, sem rasuras, uma obra notável pela sua perfeita ordenação e pelo primor de suas análises psicológicas, pela segurança de sua doutrina e pela precisão dos termos em assuntos tão elevados e nunca antes tratados de forma tão completa, e por fim, ainda, pela inspiração que anima suas páginas e pela fecundidade de seu magistério em todas as épocas e em todos os povos. Foi, sem dúvida, iluminado e sustentado por uma abundante luz mística que o gênio de Santa Teresa escreveu o Castelo Interior; é sob a influência de sua dupla graça de esposa de Cristo e de mãe das almas que ela deu à literatura cristã uma das suas obras-primas entre os tratados de espiritualidade, a mais elevada – assim cremos –, a melhor ordenada e a mais completa que possui.” (Quero ver a Deus, primeiro capítulo).

 

Biografia do Autor

Beato Maria-Eugênio do Menino Jesus (1894-1967), carmelita descalço, dedicou toda a sua vida à difusão do espírito e da doutrina do Carmelo, sobretudo entre os leigos. Sua vida, poderosamente marcada pela influência do Espírito Santo e da Virgem Maria, foi um exemplo e imperioso estímulo de união entre a vida ativa e contemplativa. No dia 19 de novembro de 2017, por decreto do Papa Francisco, foi beatificado na França.

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